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O 1º Encontro SCIP Brasil de 2016 aconteceu na Champanharia Sacra Rolha, um ambiente descontraído que propiciou um excelente bape-papo sobre Cultura e Estratégia, conduzido pelo Prof. Pierre Fayard.

Autor de vários livros sobre o tema, entre eles O Inovador Modelo Japonês de Gestão do Conhecimento e Compreender e aplicar Sun Tzu. O pensamento estratégico chinês: uma sabedoria em açao, o Prof. Fayard iniciou sua fala explicando que qualquer cultura é moldada por três fatores – a relação das pessoas com o espaço/território, com outras pessoas e com o tempo, o que se desdobra também para o mundo dos negócio. Muitas vezes, para entendermos nossa própria identidade, precisamos fazer um contraste, comparando-nos com outras culturas. Isto permite que identifiquemos nossas peculiaridades e compreendamos melhor nossa realidade, evitando a tentação de apenas copiar outros modelos, atitude fadada ao insucesso por estar descolada da real cultura local.

A partir daí, o professor falou sobre as três principais culturas estratégicas em nosso mundo: a japonesa, caracterizada pela busca da harmonia; a chinesa, centrada na astúcia e na vitória sem enfrentamento, e a ocidental, representada pelos EUA, que busca a predominância e aniquilamento do inimigo por meio do conflito direto.

Por força das tecnologias da informação e da comunicação, que deram origem à revolução digital, essa relação das pessoas com o espaço, com o outro e com o tempo vem mudando; o mesmo se dá em relação à separação entre essas diferentes influências. As fronteiras desaparecem, a proximidade com os outros se dá num clic e o tempo ganha nova dimensão – a da agilidade, levando à necessidade de se agir mais rapidamente. Por este motivo, a visão tradicional de planejamento estratégico está morta. No mundo de hoje, novas formas de pensamento precisam ser adotadas. Uma delas, citada pelo professor, é o ciclo OODA, que já foi objeto do programa Inteligência para o Século XXI, mantido pela SCIP Brasil para seus voluntários. Proposto por John Boyd na década de 60, o ciclo Observe – Oriente – Decida – Aja propõe um método de decisão que prioriza a agilidade ao invés da força bruta, fazendo com que se tenha um ritmo de decisão mais rápido do que o do concorrente, o que permite antecipar-se e ter vantagem sustentável sobre ele.

A palestra mostrou que cada modelo é fruto da cultura onde foi gestado. Um dos trabalhos da Inteligência é justamente identificar esses padrões culturais, frames da abordagem, para termos a capacidade de fazer uma releitura e adapta-la à realidade brasileira e das empresas. Assunto desafiador e muito instigante, que vale uma continuidade da discussão!


Se você é de São Paulo, atua em áreas ligadas a Estratégia, Inteligência Competitiva, Inteligência de Mercado ou afins, e deseja participar do nosso grupo – como voluntário ou parceiro da SCIP Brasil São Paulo, entre em contato conosco!

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